2014 realmente está sendo um ano bem estranho, marcado pelas mortes de vários bons artistas e personalidades importantes. Soa-me como se fosse o marco do fim de uma geração. E é estranho porque muitas são nomes de referência, e se os heróis estão morrendo, parece que não sobra muita coisa... Sei lá. A gente que tem que começar a pegar na enxada e fazer o próprio caminho, né...
Se eu for pensar só nos que me causaram surpresa mesmo, temos: Nelson Ned, Carmen Zapata, Eduardo Coutinho, Phillip Seymour Hoffman, Stuart Hall, Alan Resnais, Jacques LeGoff, Gabriel García Marquez, Bob Hoskins, Jair Rodrigues, João Ubaldo Ribeiro, Ariano Suassuna e Robin Williams.
E quinta feira passada morreu Manoel de Barros.
Não vou falar muito, porque eu acabo ficando dramática demais quando o assunto é a morte de pessoas cuja contribuição ao mundo foi importante. De todos os modos, acho que devemos guardar a lição do poeta de "prezar o desprezível" e também aquela de que "todo caminho leva à ignorância". Temos que parar de subir dois degraus pra querer falar qualquer coisa. O chão é que de verdade.
Enfim, e para os que não conhecem o poeta, deixo dois videozinhos, para espalhar a palavra =D
Documentário 'Só dez por cento é mentira'
Tratado geral das grandezas do ínfimo
Tratado geral das grandezas do ínfimo
A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.
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